Desenvolvimento sustentável, práticas ambientais e conceitos ESG são preocupações reais das empresas, indústrias e governos neste início de século, e os escritórios de advocacia não estão fora da lista.
Em reportagem publicada pelo Migalhas, algumas bancas relataram como praticam a compensação de dióxido de carbono, tentando colaborar com a diminuição da emissão deste gás que, sozinho, é responsável por cerca de 60% do efeito estufa.
O Pinheiro Neto Advogados investe no mercado voluntário de compensação. Além de reciclar materiais e reduzir o consumo de energia, a banca faz um inventário detalhado das emissões de carbono (viagens de carro ou avião, uso de ar-condicionado e luz elétrica etc.) e envia para uma empresa especializada em calcular o número de mudas de árvores necessárias para uma compensação efetiva.
Para garantir que o trabalho seja visto por todos os que estão envolvidos, o escritório selecionou uma região específica, que sofria com alagamentos, para que as mudas fossem plantadas. Hoje, depois de 15 anos de projeto, a primeira área selecionada já foi totalmente recuperada.
Já a banca De Paola & Panasolo Sociedade de Advogados, tem focado no uso da energia. Depois de instalar placas fotovoltaicas, racionalizar o consumo de energia e conservar as áreas verdes em torno da sede do escritório, eles receberam o selo Zero Energy, ou seja, a empresa é autossuficiente na geração de energia.
As bancas entrevistadas garantem duas coisas: 1) qualquer empresa, não importa o tamanho, pode trabalhar para compensar a sua própria emissão de carbono, e 2) os resultados de ter práticas ambientais também são vistos no âmbito econômico, uma vez que mais e mais empresas estão preocupadas com o meio ambiente e não querem se relacionar com organizações que não demonstrem a mesma inquietação.