O WhatsApp apresentou o novo recurso de Comunidades, que deve chegar nos próximos meses em todo o mundo. A ideia é permitir que até 2.560 pessoas participem de uma Comunidade, que hospedará as conversas em até 10 subgrupos.
Foto: blog do WhatsApp
Para uma empresa, por exemplo, a Comunidade abrigaria todos os funcionários e os subgrupos seriam divididos entre “Administração”, “Recursos Humanos”, “Marketing” e outras equipes. Enquanto todos os participantes podem se manifestar nos subgrupos, apenas os administradores da Comunidade serão capazes de se comunicar com ela na íntegra – o que permitiria comunicados gerais, como o horário de trabalho em um feriado, por exemplo.
Além disso, outras regras já foram desenvolvidas para as Comunidades: será necessário ter o número da pessoa para adicioná-la a uma Comunidade; as Comunidades não estarão disponíveis para serem descobertas por pesquisa; apenas os administradores das Comunidades poderão ver o número de telefone de todos os membros; e todas as mensagens nas Comunidades serão criptografas.
Segundo a empresa, o recurso é uma evolução natural dos grupos que já existem, e estava sendo muito solicitado pelos usuários. Contudo, a ferramenta está sendo desenvolvida enquanto é implementada e está utilizando do feedback dos usuários para resolver possíveis problemas.
Por esse motivo, e considerando que o WhatsApp foi o principal meio de propagação de fake news nas eleições de 2018 no Brasil, a empresa entrou em acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e concordou em não lançar o recurso no país antes de 30 de outubro de 2022 – data em que ocorrerá o segundo turno. Ainda assim, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou que o lançamento fosse adiado até 2023, dando tempo para que o recurso se estabeleça bem e esteja preparado para barrar o compartilhamento de informações falsas. O principal receio do MPF é que a ferramenta ofereça oportunidade de incitar casos parecidos a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em janeiro de 2021.