Um levantamento realizado pelo Centro de Inovação, Pesquisa, e Administração do Judiciário da FGV-Rio descobriu que 44 tribunais brasileiros já trabalham com ao menos uma iniciativa de Inteligência Artificial (IA).
A pesquisa considerou 59 cortes: o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os 27 tribunais de justiça dos Estados (TJs), os 24 tribunais regionais do trabalho (TRTs) e os cinco tribunais regionais federais (TRFs).
“O que a inteligência artificial ajuda é a prática mais rápida de determinados atos, na economia de tempo, para agilizar a produção da decisão final”, afirma o coordenador do Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Poder Judiciário e ministro do STJ, Luis Felipe Salomão.
Um exemplo dessa utilização é o Athos, do STJ, que identifica documentos que tratam dos mesmos assuntos para monitorar decisões em que podem ser aplicadas teses repetitivas. No STF, o robô Victor tem trabalhado na busca de jurisprudências para apontar possíveis precedentes aplicáveis a recursos extraordinários.
Ainda, a pesquisa da FGV-Rio aponta que 91% dessas tecnologias foram desenvolvidas por equipes internas dos tribunais. Segundo Salomão, isso é essencial para que sejam desenvolvidos recursos adequados às necessidades e para que os usuários saibam utilizar os algoritmos, evitando o desperdício de recursos públicos.