Com o advento do trabalho remoto e do trabalho híbrido, profissionais precisaram encontrar formas de se comunicar eficientemente com os colegas de trabalho, estando no mesmo local físico ou não.
Foi assim que o uso de aplicativos de mensagens instantâneas se tornou muito popular para os assuntos de trabalho, incluindo casos de pessoas que usam a mesma plataforma para conversas pessoais e profissionais, sem maiores separações.
Segundo um estudo do Mobile Ecosystem Forum, 84% dos trabalhadores utilizam o WhatsApp para falar sobre trabalho. Com menos frequência, outros aplicativos pessoais, como o Instagram (45%), o Facebook Messenger (44%) e o Telegram (29%) também são utilizados.
O problema se instaura quando as empresas decidem monitorar o que o colaborador faz utilizando o computador corporativo. Isso porque os softwares espiões funcionam capturando a tela do computador, inclusive o conteúdo das mensagens, sejam elas corporativas ou não.
Em tese, considerando decisões judiciais anteriores, o empregador tem o direito de fiscalizar tudo o que é seu domínio, englobando os computadores e e-mails corporativos. Contudo, a Constituição Federal determina que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”.
Uma solução para esse caso, pode ser a separação total dos aplicativos pessoais para os profissionais. O estudo do Mobile Ecosystem Forum também aponta que apenas 15% se comunicam por meio de um sistema de mensagens corporativas, uma opção que já acompanha as principais plataformas de e-mail.
Outro ponto importante para as empresas que decidem realizar o monitoramento digital de suas propriedades é a necessidade de avisar os funcionários de que suas máquinas são monitoradas, por meio de políticas internas e termos de consentimento, alertando expressamente contra a utilização para fins pessoais de qualquer tipo.