A União Europeia está acusando o Google de “práticas abusivas em tecnologia de publicidade online” por, presumivelmente, ter usado sua posição no mercado de anúncios online para favorecer seus próprios serviços.
“Isso possivelmente prejudicou os concorrentes do Google, mas também os interesses dos editores, além de aumentar os custos dos anunciantes”, argumentou Margrethe Vestager, comissária da União Europeia.
Com a acusação, o órgão também divulgou um parecer de que é improvável que o Google consiga cumprir as propostas que fez para evitar as ações judiciais europeias – entre elas, o projeto de permitir que concorrentes possam oferecer anúncios no YouTube. Desta forma, a única opção que resta seria o “desinvestimento obrigatório” desse serviço.
Além disso, a companhia norte-americana pode ter que pagar uma multa de até 10% do faturamento global anual por suas atitudes anticompetitivas.
Porém, em janeiro deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) também já havia processado a empresa e solicitado o fechamento do negócio de publicidade. Os americanos argumentam que a empresa monopoliza ilegalmente o mercado, forçando os concorrentes a abandonarem a área.
Anteriormente, em uma tentativa de evitar uma investigação antitruste na França, o Google já havia concordado em pagar uma multa de 220 milhões de euros e em melhorar o acesso aos dados por parte de empresas concorrentes no setor de anúncios online.
Na Europa, o Google ainda pode contestar a reclamação antes da sentença. Nos Estados Unidos, a Big Tech já está apresentando argumentos para que as ações judiciais sejam rejeitadas pelo Poder Judiciário.