Na última segunda-feira (30/05), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU) lançaram a Rede Blockchain Brasil (RBB), que será uma rede de camada 1, baseada em proof-of-authority (PoA).
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que “o blockchain tem como objetivo melhorar o serviço público, trazer mais segurança para os servidores públicos em todos os níveis e para o cidadão em todas as esferas (pública e privada)”.
Para isso, a RBB possibilitará o uso de três tipos de participantes:
- Patronos: terão poder de voto e veto e são responsáveis pela gestão dos nós validadores do RBB. Nesta categoria se encaixam apenas TCU e BNDES;
- Participantes associados: terão poder de voto e são responsáveis pelos nós validadores;
- Participantes parceiros: poderão usar os recursos da RBB, mas não participam da validação de consenso da rede.
A presidente do TCU, Ministra Ana Arraes, já antecipou que a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Serpro, Dataprev, e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) já são participantes da RBB, mas não detalhou em qual categoria cada um se encaixa.
Já Leonardo Albernaz, Secretário Geral de Controle Externo do TCU, afirmou que não será necessário possuir criptoativos para pagar taxas na rede, e que, apesar de permitir a criação de tokens, a rede não terá um token próprio.
O Ministro Aroldo Cedraz também aproveitou o lançamento para destacar a necessidade de estudar como os NFTs podem atuar como mecanismo de identificação do usuário público e privado dentro do metaverso.
A expectativa do BNDES e do TCU é que a primeira aplicação descentralizada da Rede Blockchain Brasil já esteja funcionando em 2023.