Pesquisar

Boas práticas no LinkedIn para advogados e escritórios

Por

29 de junho de 2021

Afinal, quais são as boas práticas no LinkedIn?

O número de usuários presentes nas redes sociais é cada vez maior. Atualmente, mais de quatro bilhões de pessoas estão conectadas às mídias digitais em todo o mundo – crescimento de 490 milhões nos últimos 12 meses, o que representa um aumento de mais 13% ano a ano, segundo dados do We Are Social Digital 2021.

Entre as redes existentes, o LinkedIn se destaca por ser a maior rede social profissional do mundo: são mais de 720 milhões de usuários no cenário global. O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial, com mais de 45 milhões de usuários – atrás apenas dos Estados Unidos, Índia e China, com 170, 71 e 50 milhões de usuários, respectivamente. Para aprimorar o engajamento e fazer uma melhor utilização da rede, há uma série de boas práticas no LinkedIn que, se bem praticadas, podem trazer importantes resultados.

Quando se trata da página do escritório, o primeiro passo é preencher todas as informações. Company pages completas recebem 30% mais visualizações por semana. Isso inclui a inserção da logomarca da banca e imagem de capa no perfil, preenchimento dos aspectos de visão geral, no qual os escritórios podem informar seus dados, como URL do site, localidade, tamanho da organização etc. e fornecer informações acerca de sua missão enquanto instituição. Além disso, também são consideradas boas práticas no LinkedIn a inclusão de URL personalizada e botão de call to action – como “visite o site”.

Nos perfis pessoais, completar todos os campos também é essencial para conseguir se diferenciar e obter mais destaque. Nesse sentido, é importante estar atento às seguintes informações:

  • Título – quando esse espaço não é preenchido, o LinkedIn, automaticamente, puxa o cargo da empresa atual. Por isso, editar esse espaço com dados referentes à atuação é fundamental. Um advogado da área de Direito Digital pode, por exemplo, elencar palavras-chave como: Propriedade Intelectual | Privacidade de Dados | LGPD. Dessa forma haverá mais destaque às suas expertises.
  • Sobre – embora seja comum encontrar perfis que contenham um resumo de seu currículo, a melhor utilização para esse campo é inserir informações que mostrem sua atuação e a maneira como pode ajudar usuários interessados em seus serviços.
  • Competências & Recomendações – ao detalhar as habilidades, outros usuários podem compreender mais facilmente quais são os seus conhecimentos, o que poderá gerar recomendações do perfil para outras pessoas. Além disso, obter e fornecer recomendações com depoimentos também faz com que o perfil ganhe notoriedade.
  • Contato – é importante que as pessoas que queiram entrar em contato possam fazê-lo sem grandes dificuldades. Por isso, o ideal é ser acessível e deixar os contatos profissionais disponíveis, como e-mail, telefone corporativo e celular.

Por fim, assim como em uma página, usar uma foto de capa torna o perfil mais atrativo, bem como a utilização de uma boa fotografia de perfil. Nesse caso, é importante que a foto seja compatível com a maneira como o usuário se apresenta em seu dia a dia. É importante que a foto esteja sempre atualizada. Isso faz com o que perfil se torne mais confiável.

Boas práticas no LinkedIn: a importância do conteúdo

Seja como company page ou no perfil pessoal, um dos principais aspectos para determinar o sucesso na utilização da rede social é a relevância do conteúdo. Quanto mais relevante for a produção do material disponibilizado, maiores são as chances de atrair mais seguidores e aumentar o engajamento das publicações.

No caso dos escritórios, textos muito técnicos e pouco acessíveis tendem a afastar o usuário. É fundamental que o conteúdo alcance o público-alvo de maneira simplificada. Ainda que se trate de um executivo jurídico, um conteúdo complexo para o entendimento pode se tornar desinteressante. Nesse sentido, a principal dica é escrever de modo que qualquer pessoa – sendo da área do Direito ou não – possa compreender facilmente.

Também é importante estar atento à linguagem web e entender que o texto na rede social deve ser curto, preciso e acessível. A escrita no LinkedIn não será como a de um parecer, por exemplo. O conteúdo precisa ser absolutamente atrativo. Além disso, a inclusão de imagens nas publicações, que também faz parte das boas práticas no LinkedIn, tende a gerar duas vezes mais comentários. Por isso, investir inserção de fotos, especialmente com chamadas que capturem a atenção do usuário, pode fazer com que os resultados sejam ainda melhores.

Dessa mesma forma, o uso dos mais variados formatos de conteúdo, para além das imagens, como vídeos, audioposts, carrossel, animações, GIFS, entre outros, bem como a utilização de palavras-chave e hashtags, pode alavancar o engajamento. A definição das publicações deve estar contemplada na estratégia de marketing jurídico.

Vale lembrar que as pessoas estão presentes na rede social para consumir conteúdo, embora, é claro, também estejam buscando oportunidades. Mas, na maior parte das vezes, o objetivo é obter conhecimento e se aprimorar. Com isso, a produção de conteúdo relevante permitirá ao advogado e à banca fortalecer a reputação digital e, assim, criar vantagens competitivas e diferenciais frente à concorrência.

Rede de contatos

Outro importante fator da rede social ganha destaque: o networking. Criar uma boa rede de contato é essencial para obter resultados e oportunidades. Por isso é crucial estabelecer conexões com pessoas que façam sentido para o desenvolvimento da carreira, que sirvam de inspiração ou, ainda, como forma de ter conhecimento. O relacionamento também pode se dar com páginas corporativas – que tendem a ser boas fontes de conteúdo de assuntos de interesse.

A participação em grupos também rende resultados. De acordo com a própria rede social, existem mais de 200 conversas por minuto em grupos do LinkedIn. Cerca de 80% dos usuários participam de algum tipo de grupo. Isso porque é possível se aproximar de outras pessoas que tenham interesses em comum e construir um ambiente de compartilhamento de ideias.

Dessa forma, além da relevância do conteúdo, também faz parte das boas práticas no LinkedIn o fortalecimento das relações. Para as bancas de advocacia, a produção de conteúdo consistente, que gere valor aos usuários, e o acompanhamento de atores-chave, também é uma forma de atrair e reter talentos.

O algoritmo do LinkedIn

Assim como qualquer outra rede social, o LinkedIn também é construído a partir do uso de algoritmo – o qual priorizará os conteúdos mais recentes com maior probabilidade de ser relevante para cada usuário. Para estabelecer esse critério, a rede social usa como parâmetros a reputação do perfil, a maneira como as pessoas interagem com o conteúdo e os temas que estão em alta.

Dessa forma, uma publicação nova no LinkedIn passa por uma triagem, executada por um “robô”, que definirá se o conteúdo veiculado é um possível spam, de baixa qualidade ou se é bom para ser divulgado. Após essa etapa, o algoritmo atuará sobre o engajamento do post e, para isso, levará em conta aspectos como o número de curtidas, comentários e compartilhamentos, se houve sinalização de spam e o comportamento do público frente à publicação. Se um usuário ocultar uma publicação ou denunciá-la, o algoritmo entenderá que se trata de um conteúdo negativo.

Importante ressaltar que alguns conteúdos são, ainda, analisados por seres humanos, que são da equipe de editores do LinkedIn. Embora se trate de um número pequeno de publicações, isso ocorre para que publicações de grande relevância possam ser avaliadas e recomendadas com maior alcance.

De todo modo, o LinkedIn priorizará sempre conteúdos que englobem o mundo profissional. Ter isso em mente é essencial na hora de criar uma estratégia de conteúdo. Além disso, é importante se atentar ao fato de que qualquer que seja o material produzido, ele precisa gerar valor. Por isso, invista em publicações que:

  • Contribuam para o desenvolvimento pessoal e profissional do público-alvo;
  • Mostrem os valores e a cultura do escritório;
  • Apresentem os serviços prestados pela banca e a maneira como eles podem auxiliar o público-alvo;
  • Tirem dúvidas sobre aspectos relevantes para os clientes e prospects da banca;
  • Atestem a reputação;
  • Envolvam aspectos relativos ao mundo dos negócios, que façam sentido para a atuação do escritório.

Vale, ainda, lembrar que quase 60% dos usuários acessam o LinkedIn via dispositivos móveis, por isso, é essencial que o material veiculado seja responsivo.

Boas práticas no LinkedIn: frequência de publicação

Uma das dúvidas mais comuns dos usuários é sobre os melhores dias e horários para fazer publicações. Embora não exista uma resposta certa, as boas práticas no LinkedIn recomendam evitar mais de um post por dia. Isso porque o algoritmo pode se confundir ao se deparar com mais de uma publicação e, com isso, pode tirar a força do alcance dos posts. O que significa que se um perfil pessoal ou uma página fazem duas publicações em único dia, a primeira tende a perder engajamento, uma vez que o LinkedIn priorizará a veiculação do post mais recente.

É importante ter em mente que, de qualquer forma, a presença semanal é fundamental para conferir mais credibilidade ao perfil ou à company page. Por isso, se não for possível publicar todos os dias, a frequência de dois a três posts por semana é um bom começo. Quanto mais o usuário mantiver uma periodicidade definida, mais o algoritmo vai entender a relevância do perfil e vai passar a mostrar mais de seu conteúdo para a rede.

Contudo, a frequência não diz respeito somente ao post. A interação, de modo geral, também conta para o algoritmo. Ou seja, ainda que não seja possível estabelecer um ritmo diário de criação de conteúdo, interagir com outros usuários também traz resultados. Ao comentar uma publicação, por exemplo, o LinkedIn mostrará essa informação para outras pessoas. Isso também vale para as páginas dos escritórios.

Em entrevista ao Juridcast, podcast de marketing jurídico da Agência Javali, Cristiano Santos, speaker do TEDx e especialista em LinkedIn, afirma que cada pessoa é um universo e, portanto, possui um público diferente. Nesse sentido, é preciso realizar testes para entender quando o público-alvo está mais ativo e receptivo. Ele explica que pesquisas de mercado indicam que o LinkedIn tem um bom engajamento de terça a quinta-feira. “Não é forte na segunda-feira porque as pessoas estão focadas em tirar atrasos de tarefas ou planejar a semana. Na sexta, muita gente não tem interesse em ver conteúdos profissionais.”

Quanto aos horários, ele revela que coincide com o horário de trabalho: das 9h às 16h/17h. “Mas isso significa que só devo postar nesses horários? Não. Principalmente porque, por mais que esse seja o horário em que as pessoas estão mais ativas, precisamos lembrar que estamos concorrendo com outros posts. Ou seja, ao fazer uma publicação nesses horários nobres, você concorrerá com outros milhões. Com isso, pode não ter um alcance tão grande quanto postar em horários de menor movimento e até mesmo no fim de semana. Por isso, a palavra de ordem é teste”, afirma.

Outra dúvida esclarecida por Santos é quanto à inserção de links nos comentários e não diretamente no post. De acordo com ele, não existe nenhum indício real e oficial por parte das redes sociais que corroborem essa questão. “O que sentimos é que posts que geram foto e link automaticamente quando uma URL é adicionada à publicação têm menos alcance. Muitas vezes porque não há atratividade, a imagem acaba ficando cortada, não chama a atenção. Mas dentro do post, com uma imagem adicionada manualmente, não há provas de que o alcance é derrubado.”

Nesse sentido, Santos chama a atenção para outro fator: a conversão. “As pessoas tendem a clicar menos no link nos comentários. Ainda que houvesse algum tipo de punição por essa prática, que reduzisse o alcance, ao deixar o link nos comentários há um problema maior, que é a queda na conversão, ou seja, menos pessoas clicando no link disponibilizado.”

Dessa forma, se atentar às boas práticas no LinkedIn, da construção de um perfil ou uma página até a produção de conteúdo, é essencial para que advogados e escritórios de advocacia possam contar com uma performance mais expressiva.

Além de estar em conformidade com o que a rede social entende como positivo para uma atuação digital, construir uma cultura voltada à valorização do conteúdo para as redes sociais dentro da banca, envolvendo e fazendo com que as equipes se engajem com o material produzido pelo escritório, é fundamental para conseguir melhores resultados.

Para ajudar nesse processo, a Agência Javali oferece o Workshop LinkedIn para Advogados. Para saber mais sobre o treinamento, clique aqui.

Confira na íntegra o episódio LinkedIn na advocacia: dicas para construir diferenciais, com a participação de Cristiano Santos.

Você também pode se interessar por Os 5 principais erros que os advogados cometem no LinkedIn e Métricas para os escritórios de advocacia: site e redes sociais

Compartilhe

Newsletter

    Este site utiliza cookies para lhe oferecer uma boa experiência de navegação e analisar o tráfego do site, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.