Em entrevista ao Migalhas, durante a Fenalaw, a diretora jurídica da Microsoft, Fernanda Funck, afirmou que a gigante de tecnologia já está se movimentando para apresentar o projeto de um ‘ChatGPT jurídico’, ou seja, uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) generativa alimentada por dados jurídicos, que reunirá todas as decisões, de todos os tribunais do país, acerca de um determinado tema.
Esse projeto é uma resposta direta ao pedido que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, fez à Microsoft, ao Google e à Amazon. O ministro destacou que “a ideia é de parceria, quero que a magistratura me tenha como um parceiro que está aqui para ajudar cada um de nós a servir, da melhor maneira possível, ao país”.
Além do ‘ChatGPT jurídico’, Barroso também encomendou às big techs a criação de um programa para resumir processos e o desenvolvimento de uma interface única para os sistemas judiciais eletrônicos de todos os tribunais. “Somos servidores públicos, portanto a minha obsessão é melhorar a qualidade do serviço que prestamos à sociedade brasileira“, afirma.
Conforme o ministro afirmou em sua primeira sessão como presidente do CNJ, em 17/10, a Microsoft acredita poder entregar o piloto do ‘ChatGPT jurídico’ em até oito semanas. Assim sendo, o prazo se encerraria em 12 de dezembro de 2023.