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Equidade de gênero nas lideranças e nos tribunais

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17 de março de 2023

Um levantamento realizado pela ZRG Brasil nos últimos três anos identificou que 33% das efetivações promovidas em 2022 foram de mulheres, ficando na média em comparação aos 37% do ano anterior, e 27% de 2020.

Observando os cargos ocupados, o estudo aponta que 50% das oportunidades para relações com investidores (RI) foram para mulheres, seguido por 45,5% das contratações para diretorias, 43% dos cargos para gestor e gerente sênior, e cerca de 17% das promoções a CEOs. Contudo, 100% das posições de COOs observadas foram ocupadas por homens.

O relatório também indica as áreas que mais dão acesso a cargos de alta liderança para as mulheres. São elas: Recursos Humanos (RH), marketing, financeiro e Tecnologia da Informação (TI), nesta ordem.

A equidade de gênero nos tribunais brasileiros

Uma pesquisa inédita promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), buscou entender o perfil das magistradas brasileiras.

Enquanto 54,7% das magistradas relataram já terem sofrido algum tipo de constrangimento por ser mulher, 48,7% também afirmaram sofrer discriminação no exercício do magistrado por outras questões, como a idade, sotaque e/ou região de origem e raça e/ou fenótipo.

Quase metade das magistradas (46,9%) sentiram a necessidade de deixar a ascensão profissional em segundo plano devido às funções familiares, com cerca de 74% optando por adiar os estudos e 31% por recusar promoções.

O estudo também mostra que 90% das magistradas estão no 1º grau de jurisdição, deixando os altos cargos do Poder Judiciário com ampla maioria masculina, mesmo em um país em que a maioria da população é feminina.

A coordenadora-geral da pesquisa, a juíza Eunice Maria Batista Prado, aponta que o objetivo é lutar contra isso. “Essa pesquisa é fruto de um esforço coletivo para, mediante dados e evidências estatísticas seguras, apontar caminhos rumo à adequada representatividade feminina, dando uma efetiva contribuição prática ao aprimoramento do Poder Judiciário”, afirma a juíza.

O levantamento “Perfil das Magistradas Brasileiras e Perspectivas rumo à equidade de gênero nos Tribunais”, promovido pela AMB e Enfam, pode ser acessado na íntegra aqui.

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