Com o advento das regulamentações sobre a proteção dos dados pessoais no ambiente digital em todo o mundo, navegadores precisaram rever as formas como coletavam as informações dos usuários para utilizar em anúncios publicitários.

Desde os anos 1990, a prática utilizada eram os chamados cookies de terceiros, ou seja, arquivos que sites e empresas de tecnologia anexavam nos navegadores para rastrear a jornada online dos usuários e coletar dados para segmentar o público-alvo dos anúncios.

Para se adequar ao novo cenário de proteção de dados, o Google vem trabalhando no Privacy Sandbox, uma série de novos recursos que devem substituir os cookies de terceiros sem ferir a privacidade dos usuários, entre eles os dados primários (cedidos intencionalmente pelo usuário), a Inteligência Artificial (IA) e o machine learning.

Como parte desse trabalho, o Google divulgou os resultados gerados pelas primeiras campanhas baseadas por interesse, que utilizam uma série de sinais (informações contextuais, first-party-data, histórico de navegação, entre outros) para identificar os principais assuntos de interesse do usuário e apresentar anúncios a partir disso.

Segundo os resultados apresentados pelo vice-presidente global do Google Ads, Dan Taylor, em comparação com as campanhas que utilizaram cookies de terceiros, houve uma economia de 2% a 7% no investimento do anunciante, redução de 1% a 3% na conversão sobre dólar investido e a taxa de cliques se manteve na margem de 90%.

Ainda assim, a plataforma ressaltou que os resultados não consideram todos os cenários e variáveis necessárias e informou que os testes continuarão ao longo desse ano.

O Google prevê que o fim do suporte aos cookies de terceiros no Chrome será no segundo semestre de 2024, data que já foi adiada duas vezes para comportar o desenvolvimento dessas novas soluções para os anunciantes do Google Ads.