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IGTV: o que a nova plataforma do Instagram nos diz sobre a criação de conteúdo?

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28 de junho de 2018

Ainda comemorando a marca de 1 bilhão de usuários ativos por mês, o Instagram anunciou no último dia 20 o lançamento do IGTV, sua nova plataforma de vídeos on-line que deve fomentar a produção de conteúdo.

De acordo com o CEO do Instagram, Kevin Systrom, o IGTV foi pensado com o intuito de “aproximar os criadores de conteúdo dos usuários”, e este é o grande “divisor de águas” entre a nova plataforma para qualquer outra disponível na rede: ela vai direto para onde os seus usuários já estão, os celulares.

Esta é mais uma novidade da agenda de lançamentos da rede social desde que foi comprada em 2012 pelo Facebook por US$ 1 bilhão. Desde então o serviço já ganhou diversas funcionalidades, sendo as mais expressivas as mensagens in-box e o Stories.

O serviço de vídeo do Instagram já está disponível, e apesar de ainda não ter um aplicativo, já pode ser acessado por meio de uma extensão localizada ao lado do ícone de mensagens. No mesmo anúncio, Systrom também confirmou parcerias com influenciadores e celebridades.

As principais diferenças do IGTV para os demais serviços são:

  • Interface: semelhante ao Stories – que já abriu um grande leque de possibilidades de criação de conteúdo, o formato na vertical é ideal para influenciadores;
  • Duração: inicialmente, novos usuários poderão criar conteúdo de até 15 minutos, enquanto os usuários com canais com mais visibilidade terão a oportunidade de criar vídeos de até 1 hora;
  • Integração com Instagram: na página inicial do serviço há abas como “para você”, “em alta”, “seguindo” e “continuar assistindo”. Tais abas são integradas com a experiência do mesmo usuário em sua conta pessoal no Instagram, o que transforma a página do IGTV totalmente personalizada.

Comparações

Inevitavelmente a imprensa comparou a plataforma ao YouTube, gigante no segmento. Ainda que a síntese da sua funcionalidade seja semelhante a plataforma do Google, é cedo dizer que o IGTV se sobressaia.

Neste contexto é importante ter em mente que o YouTube começou sua atividade em 2005, na era do desktop, e evoluiu a ponto até de ser fonte de renda para muitos usuários. Já o IGTV surge na era mobile, ainda não possui um modelo de negócio para monetizar conteúdo, além de ter outro formato.

Systrom afirmou durante o anúncio que melhorias e adições de funcionalidades serão feitas na plataforma de acordo com o comportamento do usuário.

Futuro promissor

Esta não é a primeira aposta do Facebook para o segmento de vídeo. Em 2017 o serviço lançou o “Watch”, uma aba de vídeo com conteúdo pago, produzido por parceiro e estúdios. No entanto, até o momento a plataforma encontra-se disponível apenas nos Estados Unidos, diferente do IGTV.

Após o novo anúncio do Instagram, as ações do Facebook cresceram 2,3%, fechando a quarta-feira do lançamento com US$ 202 por ação. Tal movimentação está intrinsecamente ligada ao fato de que o IGTV abre um leque de possibilidades de conteúdo publicitário em dispositivos móveis – principal fonte de receita do Facebook.

Ainda que a monetização de anúncios no serviço de vídeos não tenha sido anunciada, espera-se que ao longo do tempo a ferramenta torne-se um importante fluxo de receita, além de ofertar a possibilidade de anúncios mais caros.

Além do mais, o Instagram está cada vez mais multimídia e próximo do público jovem. Aos poucos, os usuários vão produzir e consumir muito mais conteúdo em diferentes formatos em apenas uma rede social, um meio que se consolidou em ritmo acelerado e não pode faltar em qualquer estratégia de marketing digital.

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