Na última quinta-feira (13/07), a inteligência artificial (IA) generativa do Google, batizada de Bard, chegou ao Brasil e a União Europeia, atingindo 180 nações em 40 idiomas diferentes.
A tecnologia já estava disponível nos Estados Unidos e no Reino Unido desde março de 2023, mas enfrentou dificuldade para alcançar o resto do mundo desde que a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados informou que o Google não explicou como a privacidade dos usuários estaria garantida durante o uso da ferramenta.
Desde então, a empresa trabalhou para apresentar todas as questões relacionadas à transparência no tratamento de dados e as possibilidades de escolha de cada usuário. Agora, a big tech garante que o Bard está em conformidade com todas as legislações e regulações sobre proteção e privacidade de dados dos países em que está sendo disponibilizado.
Apesar de todo o avanço, o Bard não está livre de polêmicas. Uma ação coletiva foi movida nos Estados Unidos acusando o Google de usar informações pessoais dos usuários para treinar a IA. Os indivíduos apontam que a extração não autorizada de dados de sites de terceiros pelo Google viola a privacidade, os direitos de propriedade e os direitos autorais de milhões de usuários de internet.
Concorrente direto do Chat GPT, o Bard promete trabalhar com geração de textos criativos, resumos de tópicos complexos e auxílio em programação, já que é possível exportar códigos de programação Python para o Replit e o Google Colab.
Além disso, o Google confirmou que o Bard pode responder às perguntas em voz alta e que os usuários podem utilizar imagens nos prompts de comando. Também é possível pré-configurar o sistema para que o tom e o estilo das respostas sejam simples, longas, curtas, profissionais ou casuais.
Como ressaltado pelo vice-presidente de engenharia, Amar Subramanya, o “Bard é um experimento. Queremos ser ousados e responsáveis”. Com isso, pode-se esperar que em breve a tecnologia seja implementada no buscador do Google, lançada em aplicativo para mobile (visto que hoje está disponível apenas no link bard.google.com) e que sejam implementados formatos comerciais nativos.