Depois de passar pela Europa, o experimento que avalia a aplicação da jornada de trabalho semanal de quatro dias, promovido pela organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global e pela organização de pesquisa Autonomy, chegou ao Brasil. As empresas inscritas poderão testar a modalidade de trabalho durante o período de junho até dezembro de 2023.
Essas organizações buscam entender se seria possível alcançar os bons resultados de outros países em solo brasileiro. Segundo relatório publicado pelas Universidades de Boston, Dublin e Cambridge, companhias que participaram de testes anteriores observaram um aumento nas vendas e nas receitas, ao mesmo tempo em que constataram uma queda no número de burnouts e na distração dos colaboradores.
Apesar de ser a mais conhecida, a jornada semanal de quatro dias não é a única representante do chamado Trabalho 4.0.
Derivado da Indústria 4.0, o novo termo trata das oportunidades profissionais que utilizam os novos meios digitais para oferecer acessibilidade, facilidade e maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Outro bom exemplo dessa nova estrutura é o chamado “staff on demand”, formato que deve movimentar cerca de US$ 1,1 bilhão no mundo até 2032 . Nesse modelo, a equipe é contratada para projetos específicos, sem vínculos permanentes ou expectativas além daquelas estritamente acordadas.
Vandson Cunha, especialista em recursos humanos e sócio da Bematize, consultoria de benefícios flexíveis, salienta que planejamento, treinamento e feedback são essenciais na implementação de qualquer modificação de estrutura. “O alinhamento de objetivos é um dos recursos que transformam a missão do trabalho em uma tarefa bem executada, e não as horas trabalhadas”, pontua.