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Pesquisas apontam que a flexibilidade ditará o futuro do trabalho

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6 de outubro de 2022

A consultoria internacional Gartner estimou que 37,4 milhões de americanos vão pedir demissão em 2022, número 20% maior do que a média anual anterior à pandemia da Covid-19.

Esse fenômeno, que ficou conhecido como a Great Resignation (Grande Debandada, em tradução livre), tem acontecido em todo o mundo foi alimentado pela instituição do home office durante a pandemia, que mostrou a milhões de funcionários que suas tarefas poderiam ser realizadas fora das instalações da empresa.

Agora, na busca de diminuir a taxa de rotatividade (antes 20% ao ano e agora 24%), companhias em todo o planeta fazem pesquisas internas e testam novos modelos para encontrar uma forma de satisfazer os colaboradores.

Na Salesforce, líder global em software de gestão corporativa, ferramentas como o Slack (organizador da rotina de trabalho) e a Trailhead (plataforma de aprendizado) foram evoluídas. Além disso, cada equipe tem a liberdade de definir a melhor rotina aplicável. Segundo a diretora regional de recursos humanos da Salesforce na América Latina, Priscila Castanho, “vetar o home office é tão arbitrário quanto fechar os escritórios”.

Na SulAmérica, além do modelo híbrido, os colaboradores têm a possibilidade de chegar e sair duas horas antes ou depois do horário de trabalho. Essa regra, que existia para os trabalhadores presenciais que precisassem enfrentar protestos para chegar ao escritório no Largo da Batata, em Pinheiros (São Paulo), se estendeu aos trabalhadores remotos, para que estes possam equilibrar melhor a vida pessoal e a rotina profissional.

No laboratório farmacêutico Aché, a área administrativa trabalha dois dias remotamente e três dias presencialmente, sendo que a presença no escritório é obrigatória nas quartas-feiras. “Foi a forma que nós encontramos para não perdermos traços essenciais de nossa cultura, baseada em colaborar, construir junto e olhar para a inovação, além de ensinar e aprender”, conta Vânia Nogueira Alcantara Machado, presidente da companhia.

As pesquisas internas e os estudos realizados com os colaboradores de todos os continentes mostram que poder escolher o que melhor funciona para si e a flexibilidade de alterar essa opção a cada dia é o que mais tem motivado os colaboradores a permanecer nas empresas. Da mesma forma, a falta de versatilidade e tolerância é o que mais tem nutrido a Grande Debandada.

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