Há muitos anos, as redes sociais se consolidaram como um espaço para empresas desenvolverem suas ações de marketing. Agora, mais do que isso, elas estão permitindo que os CEOs de grandes companhias se aventurem em um papel de influenciador digital para levar o nome da corporação adiante.

Conquistando cada vez mais seguidores, esses executivos aproveitam a audiência para compartilhar a rotina e as novidades da instituição, dicas para aqueles que se inspiram na sua trajetória profissional e momentos íntimos com famílias e amigos, que mostram aos seus seguidores o seu “lado humano”.

Provando que essa é uma estratégia de sucesso, uma pesquisa realizada pela HootSuite descobriu que as empresas que possuem líderes engajados em suas redes sociais pessoais são 23% mais bem percebidas pelo público. Esse número provavelmente está relacionado com a personalização da marca, que a faz parecer mais confiável.

Mas não é só com o cliente a conversa do CEO. Isso porque muitos utilizam esse espaço para conversar diretamente com seus colaboradores, que podem estar espalhados em todo o território nacional. Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co que tem 195 mil seguidores no Instagram, afirma que a rede social foi uma grande aliada para aproximar e engajar os times internos durante a pandemia.

Já Rony Meisler, CEO do grupo Reserva, confirmou que já chegou a contratar profissionais por meio de suas postagens. “Isso certamente ajuda na seleção de talentos que possuem visões de mundo parecidas [comigo]”, conta.

Contudo, ainda existe uma grande parcela de CEOs que se mantem longe das redes sociais. Segundo o professor da FGV, Felipe Bógea, os principais motivos para isso são a falta de intimidade com as redes sociais e o receio de gerar uma crise ou afetar negativamente a empresa.