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Profissionais desengajados e as novas premissas para a gestão de pessoas

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25 de abril de 2023

Uma nova pesquisa da consultoria Gartner, com 3.548 profissionais, identificou que o mercado de trabalho está mais frágil do que na década anterior.

Dentre os pontos mais preocupantes identificados estão o aumento permanente da rotatividade para 20%, a desconfiança entre colaboradores e empregadores – três em cada cinco funcionários desconfiam de seu empregador (seja por questões de privacidade ou pela segurança do emprego em si) – e colaboradores gastando em média 9% da jornada de trabalho em aplicativos em dispositivos eletrônicos.

Além disso, em 2016, 74% dos entrevistados se disseram dispostos a mudar seu comportamento no trabalho para apoiar a mudança organizacional, em 2022 esse número caiu para apenas 38%.

Com isso, a Gartner conclui que há um “elo perdido”, visto que os profissionais estão cada vez menos engajados com o trabalho, e apontou que técnicas, como o descanso proativo, as interações intencionais e o crescimento sustentável, podem ajudar na gestão de pessoas.

Descanso Proativo

Buscando o equilíbrio da jornada de trabalho, técnicas como bloquear a agenda para momentos de pausa, semanas sem reuniões, tempo para soneca e a semana de quatro dias de trabalho, estão sendo reunidas como “Descanso Proativo”, que nada mais é do que a prática de programar momentos de descanso durante o horário de trabalho.

Segundo a pesquisa, a produtividade aumenta 26% entre os funcionários que têm acesso a esses métodos, chegando a descansar cerca de 9 horas por semana.

Além dos métodos acima, o estudo indica a redução temporária da carga de trabalho entre projetos – como uma forma de comemorar a conclusão do projeto anterior e se preparar adequadamente para o início do próximo – e a checagem dos níveis de energia, fadiga, motivação e esgotamento, para potencializar os efeitos do Descanso Proativo.

Interações Intencionais

Segundo o levantamento, 31% dos profissionais têm uma conexão mais humanizada com seus colegas, e o índices de colaboração entre eles é 23% maior do que entre os colaboradores que possuem um relacionamento de “funcionário para funcionário”.

Nesse contexto, a consultoria indica três pilares para construir as bases da conexão pessoal entre os funcionários:

  1. Permita que cada profissional tenha a autonomia de escolher com quem, quando, como e onde se conectar e não force relacionamentos não naturais;
  2. Crie um ambiente corporativo que possibilite momentos de diversão, que serão a base da confiança;
  3. Construa uma estrutura clara de boas práticas, permitindo a adaptação de cada equipe, mas mantendo uma divisão perceptível.

Crescimento Sustentável

Além do aprimoramento profissional, o estudo apontou que os colaboradores desejam um apoio de seu empregador em seu desenvolvimento pessoal.

Esse é o desejo de 82% dos entrevistados, que consideram importante que a empresa em que trabalham os vejam como pessoas, não apenas como funcionários.

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