Depois de dois meses de preparação, a juíza Graziele Cabral Braga de Lima recebeu cerca de 20 convidados para uma palestra na vara do trabalho do município de Colíder (MT), do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região. O destaque desse evento é que todos os participantes o acessaram por meio do software AltspaceVR, da Microsoft.
REPRODUÇÃO/ALTSPACEVR/VARA DE COLÍDER
Com avatares criados diretamente no software, juízes, advogados e universitários se moviam pelo ambiente usando botões de direcionamento como um vídeo game. Além de ouvir a juíza falar sobre a tecnologia e sobre acidentes de trabalho, os participantes podiam reagir com palmas e cumprimentos.
A ideia para o projeto surgiu em março e contou com o apoio da empresa View 3D Studio, que criou todo o prédio da vara na versão digital. O objetivo era quebrar a resistência do Judiciário em relação ao uso do metaverso e mostrar que existem muitos benefícios em desenvolver a tecnologia.
Além disso, o juiz Maximiliano Carvalho, da 1ª vara do trabalho de Araguaína (TC) afirma que é necessário que o Judiciário esteja presente no metaverso, uma vez que muitas questões jurídicas devem surgir neste espaço e o Estado precisa estar pronto para apoiar e proteger seu cidadão.
A próxima experiência com o metaverso já está marcada para acontecer na 1ª vara do trabalho de Ji-Paraná (RO), do Tribunal Regional da 14ª região. O juiz responsável, Carlos Antonio Chagas Junior, destaca que em estados como Rondônia, em que as distâncias entre cidades podem ser enormes, esse tipo de tecnologia não seria apenas bem-vinda, mas necessária.