A Web 3.0, que está chegando junto com o metaverso, é caracterizada pela descentralização e maior atuação do usuário, focando na construção de comunidades ao invés de plataformas. É justamente por isso que os criadores de conteúdo terão mais liberdade sobre a audiência e o conteúdo, podendo transportar a criação para outros lugares da rede.
“Na Web2, os usuários se conectam, mas deixam o conteúdo e a audiência em servidores centralizados (de propriedade de grandes empresas). A Web3, por outro lado, é aberta. Trata-se de uma relação que sai do go to market para o go to community, por conta da relação direta. As pessoas passam a ser mais importantes, ainda na co-criação e no feedback, e têm participação direta no processo”, afirmou Felipe Ribbe, head de business development da Socios.com, durante uma palestra.
Com relação ao faturamento gerado pelo conteúdo criado, Ribbe aponta que na Web 3.0 os criadores receberão uma parcela maior dos lucros, já que ele virá diretamente de sua audiência. Ao contrário do que acontece na Web 2.0, no qual as empresas donas das plataformas ficam com a maior parte do rendimento.
Contudo, Ribbe aponta que a Web 2.0 ainda deve permanecer relevante por um bom tempo devido ao seu alto alcance. A relação direta entre fã e criador – e a remuneração direta proveniente disso – devem ser os principais motivos para a Web 3.0 se fortalecer com o tempo.