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Tendências para a construção de Liderança de Pensamento na advocacia

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8 de fevereiro de 2022

O conceito de Liderança de Pensamento tem se popularizado nos últimos anos e no futuro estará cada vez mais presente nas estratégias de marketing jurídico dos escritórios de advocacia.

Uma marca líder de pensamento é aquela que, por oferecer consistentemente conhecimentos valiosos e originais ao seu público, acaba se diferenciando da concorrência e se transforma na principal referência de mercado. O conteúdo voltado para a Liderança de Pensamento pode ter vários formatos (como um artigo, vídeo, webinar, infográfico ou estudo), é gratuito e costuma ser puramente informativo, sem objetivos diretamente comerciais.

Além de se adequar perfeitamente às regras da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o conteúdo de Liderança de Pensamento se tornou vital para os escritórios de advocacia empresarial devido à sua importância na jornada de compra de serviços jurídicos.

Os atuais desafios para os conteúdos de Liderança de Pensamento

Apesar de todas essas vantagens, a implementação dessa estratégia não é fácil e atualmente enfrenta obstáculos, como demonstra a pesquisa 2021 B2B Thought Leadership Impact Study, realizada pelo LinkedIn e pela consultoria Edelman com mais de 3,5 mil executivos.

Segundo o estudo, 66% dos executivos dizem ter notado um grande aumento na quantidade de conteúdo de Liderança de Pensamento desde o início da pandemia de Covid-19. Esse crescimento foi tão grande que quatro entre cada 10 entrevistados afirmam que o mercado está saturado desse tipo de conteúdo.

O aumento na quantidade de conteúdo também foi acompanhado por uma queda brusca de qualidade. Isso foi percebido por 71% dos executivos, que dizem que menos da metade desses conteúdos são capazes de oferecer alguma informação relevante.

Além disso, as marcas que procuram a Liderança de Pensamento também encontram dificuldades para captar a atenção do seu público: 55% dos executivos desistem de um conteúdo se ele não captar sua atenção no primeiro minuto e 56% confessam salvar materiais para revisitá-los em outro momento, mas nunca retornam.

Embora o cenário seja complicado, o conteúdo de Liderança de Pensamento ainda é muito valioso. Por exemplo, 51% dos entrevistados afirmam que aumentaram o consumo desse tipo de material desde o início da pandemia e 48% dos executivos seniores gastam mais de uma hora por semana consumindo esse conteúdo.

Ainda por cima, 64% dos entrevistados confiam mais no conteúdo de Liderança de Pensamento criado por um negócio para identificar sua competência do que nos outros produtos de marketing produzidos pela mesma empresa.

Como construir Liderança de Pensamento na advocacia em 2022

Diante da saturação desse tipo de conteúdo, as bancas jurídicas que almejam se tornar líderes de pensamentos precisam, então, focar em qualidade, não em quantidade.

Diferenciar-se da concorrência parece ser uma tarefa árdua, mas é preciso notar que praticamente metade (47%) dos executivos considera que a maior parte do conteúdo não é produzido com as suas necessidades em mente. Assim, uma orientação fundamental para as bancas é reconhecer seu nicho de público e criar conteúdo informativo com foco em atender suas demandas.

O estudo da LinkedIn e da Edelman, apesar de não focar nas demandas específicas dos clientes dos escritórios de advocacia, serve para apontar certos caminhos para aumentar o impacto dos conteúdos de Liderança de Pensamento.

Os principais motivos pelos quais executivos consomem esse tipo de conteúdo são, respectivamente: “para se manter atualizado em um setor”, “estimular meu pensamento e gerar novas ideias na minha empresa” e “coletar insights sobre tendências futuras que podem impactar minha organização”.

Por outro lado, os principais erros cometidos pelos conteúdos de má qualidade são “o foco excessivo em descrever um produto em vez de oferecer informações relevantes”, “a falta de originalidade” e “autoria por pessoas que não dominam o assunto”.

A pesquisa também revela que a maior parte dos executivos prefere conteúdos com linguagem mais humana e coloquial (64%) aos materiais com tons formais ou intelectuais (36%). Conteúdos curtos também são preferidos pela maioria dos entrevistados (59%).

Por fim, o estudo demonstra que as marcas líderes de pensamento não podem ter medo de se posicionar e de divulgar conteúdos provocativos: 81% dos executivos preferem conteúdos que desafiam suas crenças pré-estabelecidas sobre o tema.

Leia também: Newsjacking: o que é e como praticar de maneira eficiente e Marketing e vendas: o Account Based Marketing (ABM) na advocacia

Escute o episódio do Juridcast:

Account Based Marketing: uma nova abordagem no marketing jurídico, com Luiz Piovesana

 

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