Gerir uma estrutura eficiente de comunicação interna é uma tarefa complexa e desafiadora para as bancas jurídicas de médio e grande porte, mas que é fundamental para otimizar trabalhos, reter talentos e dar vida aos propósitos e aos objetivos estratégicos do escritório.
A importância da gestão dos canais de comunicação interna recentemente foi reforçada pelos resultados do estudo “State of the Sector 2021/22” realizado pela Gallagher, consultoria especializada em comunicação interna e Experiência do Colaborador, e que contou com a participação de mais de 1,3 mil empresas de todo o mundo.
A pesquisa, por exemplo, demonstrou que a função desempenhada pelos gestores da comunicação interna ganhou ainda mais destaque dentro das organizações no último período. Em 62% das empresas consultadas, esses profissionais dizem ter conquistado mais influência nas decisões de seus líderes ao longo de 2021.
O estudo da Gallagher também revelou quais são os principais objetivos das estratégias de comunicação interna das empresas para o ano de 2022. A finalidade mais apontada foi “engajar equipes em relação aos propósitos, valores e estratégias da organização”, compartilhada por 53% dos entrevistados. Por sua vez, “Adaptar nossa comunicação para o modelo híbrido de trabalho” é o segundo objetivo mais comum, presente em 2 a cada 5 empresas (39%).
A adoção de novos modelos de trabalho é, inclusive, a mudança organizacional mais comum que será abordada pelas estratégias de comunicação interna em 2022. Temas como “o futuro do trabalho e formatos flexíveis de jornada” serão tratados nos canais internos de 56% das empresas consultadas, à frente de temas como “mudanças culturais” (39%), “mudanças tecnológicas” (36%) e “mudanças em propósitos e estratégias organizacionais” (22%).
A pesquisa identificou, ainda, quais são considerados os maiores desafios para a gestão de comunicação interna das empresas neste ano. “Pouco engajamento dos colaboradores” é a principal preocupação, compartilhada por 4 entre 10 organizações (37%), seguida de “falta de recursos humanos” (32%) e “ausência de mensuração e ferramentas de análise de dados” (27%).
Apesar dessa constatação, o conceito de Experiência do Colaborador só está formalmente presente na estratégia de 31% das empresas, 42% das organizações entrevistadas já conversaram sobre o conceito informalmente e 27% delas não souberam responder ou nunca discutiram sobre o assunto.
Quais são os melhores conteúdos e canais de comunicação interna
A consultoria Gallagher também coletou informações sobre quais são os canais de comunicação interna mais utilizados e quais são considerados os mais efetivos pelos gestores das empresas.
Previsivelmente, “avisos institucionais por e-mail” são o canal mais comum entre as organizações, adotado de maneira quase universal (94%) pelos participantes da pesquisa. Entretanto, apenas 78% dos entrevistados o consideram um meio de comunicação efetivo.
“Intranet” é o segundo canal mais utilizado (83%), mas a percepção de sua efetividade é ainda menor do que os avisos por e-mail, sendo considerado útil por apenas 60% dos profissionais. A terceira ferramenta mais utilizada é “portal ou site voltado para colaboradores”, adotada por 77% das empresas e considerada efetiva por 75% dos participantes.
Em relação à efetividade, o melhor canal interno apontado pelo estudo é “ferramenta de chat (como Microsoft Teams, Google Chat)”, que é bem avaliado por 91% dos entrevistados e adotado por apenas 72% das organizações. Em seguida, o WhatsApp foi considerado o segundo canal mais útil (87%). Todavia, o aplicativo só é oficialmente utilizado por apenas 24% das empresas.
Por fim, o estudo revelou dados muito interessantes sobre o uso e a efetividade de materiais internos mais ricos e complexos. Por exemplo, a maior parte das empresas produz vídeos voltados para seus colaboradores (63%) e este conteúdo também é visto como o conteúdo de comunicação interna mais efetivo (74%).
Revistas internas, impressas ou digitais, são consideradas o segundo material mais efetivo (70%), mas só é implementado por 16% das empresas. Surpreendentemente, podcasts com foco nos colaboradores foram vistos como o conteúdo rico menos efetivo (43%), apesar de ser um pouco mais adotado pelas organizações (18%).
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