Os podcasts já fazem parte da rotina dos brasileiros. O terceiro país no mundo que mais consome programas de áudio, segundo dados da Statista e do IBGE, tem quase 40% da população, que possui smartphones, como ouvintes ativos em seus aparelhos, de acordo com o panorama mobile time e opinion box.
Ainda que haja inúmeros formatos de mídias e entretenimento no país, os podcasts são cada vez mais consumidos por brasileiros. Hoje, o Brasil possui mais de 30 milhões de ouvintes, ficando atrás apenas de Suécia e Irlanda.
Os números vultosos atraíram a atenção de grandes empresas, incluindo escritórios de advocacia, que têm investido cada vez na criação e produção de conteúdos autorais em plataformas de áudio. A pesquisa “Podcasts no mercado jurídico”, realizada pela Agência Javali, revelou que dos 100 maiores escritórios do país (em número de advogados), 26 possuem pelo menos um podcast próprio.
O levantamento, apontou, ainda, que quase 60% dos escritórios com programas de áudio próprios estão localizados na região Sudeste do país. O local é também onde está concentrado o maior índice de ouvintes de podcasts, segundo dados apurados pelo Grupo Globo. Porém, outras regiões, como o Nordeste, têm aderido cada vez mais ao consumo e produção de podcasts.
Dentro de escritórios, além de informar, podcasts têm o importante papel de gerar novos leads, novos negócios. Contudo, para alcançar tais resultados é necessário acompanhar as métricas de seu programa de áudio.
O que são métricas?
De forma objetiva, métricas são medidas de desempenho. Elas são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento de um projeto e, consequentemente, ampliar as estratégias de acordo com os índices apresentados.
As métricas são indispensáveis a quem segue o modelo data-driven, ou seja, produção de conteúdo orientado por dados. Informações como sexo, idade e geografia de quem acompanha o conteúdo, no caso, ouve o podcast, auxilia na criação de episódios mais assertivos.
Métricas para podcast
A produção de um podcast e/ou videocast, outro formato em ascensão, carece de muito cuidado e estratégia. Além de toda dedicação para a criação do conteúdo, é importante observar o seu desenvolvimento.
Se tratando de métricas, os números precisam estar no foco da discussão. O “tempo total de consumo” é visto por muitos produtores como um dos principais indicadores de sucesso. Porém, de acordo com estudo realizado pelo Spotify, há outros dados, tão importantes quanto o tempo, que precisam ser observados com atenção.
- Inicializações e streams: na maioria dos agregadores, ferramentas disponibilizadas à distribuição do podcast, é possível verificar o número de início, ou seja, quantas pessoas deram “play” efetivamente no podcast. O número total de fluxo, contabilizado após 60 segundos de audição, ajuda a acompanhar o crescimento do programa, além de permitir a verificação de picos ou quedas de fluxos para o produtor entender quais conteúdos soaram melhor perante o seu público.
- Desempenho de episódios individuais: além de uma visão panorâmica do podcast criado, é fundamental ter um olhar atento aos episódios individualmente. Há gráficos que representam a retenção de seu público e mostram o tempo médio que os usuários passaram ouvindo o episódio, além de apontar a porcentagem de ouvintes que chegaram até o final do programa.
- Número de ouvintes e seguidores únicos: uma das métricas mais objetivas, no universo dos podcasts, são os números de ouvintes e seguidores inéditos. Essas métricas proporcionam informações sobre o alcance total, que inclui quantos ouvintes únicos iniciaram cada episódio. Sobre os seguidores únicos, após “seguir” o programa, futuros episódios são adicionados automaticamente na biblioteca dos ouvintes, desta forma o engajamento e alcance de cada episódio passa a ser maior.
Onde encontrar as métricas de seu programa
Observar a plataforma utilizada para hospedar e distribuir o podcast é o primeiro e, talvez, o mais fundamental dos passos, quando o assunto é “encontrar as métricas”. Todas as plataformas de distribuição (SimpleCast, Spreaker, Anchor, entre outras) disponibilizam painéis informativos, onde é possível acompanhar dados como os downloads de cada episódio.
Além dos dados fornecidos pelas plataformas de hospedagem e distribuição, os próprios agregadores (Spotify, SoundCloud, Apple Podcast, Deezer, entre outros) possuem espaços próprios e fornecem dados para criadores de conteúdo.
Ao somar os levantamentos realizados dentro das plataformas de distribuição alinhados com os dados disponibilizados pelos agregadores, é possível criar conteúdos cada vez mais assertivos e, organicamente, atingir o público-alvo gerando novos leads ao negócio.