Não é novidade que o LinkedIn é uma rede social cada vez mais valorizada pelos advogados. Manter uma presença nessa rede social hoje é praticamente obrigatório para os profissionais que se preocupam com sua carreira e marca pessoal, além de ser um canal vital para o desenvolvimento de negócios de muitas bancas jurídicas.
Todavia, apesar da popularização do LinkedIn, boa parte das estratégias de marketing na plataforma ainda é baseada em evidências anedóticas ou informações ultrapassadas. Afinal, dados científicos e atualizados sobre a rede social ainda são raros ou de difícil acesso.
Por sorte, no final de 2021, a consultoria Just Connecting divulgou a terceira edição de seu relatório anual sobre o algoritmo do LinkedIn, resultado de uma pesquisa aprofundada que analisou o conteúdo e o desempenho de mais de dezenas de milhares de posts na plataforma.
O relatório, então, apresenta orientações valiosas para todos os advogados que estão presentes no LinkedIn. Porém, é importante ressaltar que a rede social está constantemente aperfeiçoando seus cálculos e que as orientações a seguir não devem ser consideradas como regras permanentes.
Assim, confira algumas conclusões do relatório que são muito úteis para os profissionais que querem usar o algoritmo do LinkedIn a seu favor:
Pense no timing da publicação
O relatório sobre o algoritmo do LinkedIn demonstrou que o timing da publicação de um post é essencial. Entretanto, em vez de encontrar o melhor horário exato de postagem, é necessário pensar em qual momento seu conteúdo conquistará mais reações dos seus seguidores.
Isso porque, nas primeiras duas horas após a publicação, os conteúdos postados em um perfil de LinkedIn são exibidos para um “grupo teste”, composto apenas por uma parcela de conexões ou seguidores.
Se esse grupo teste reagir bem à publicação nesse intervalo de tempo, seu post será recompensado com ainda mais alcance. Todavia, se o conteúdo não performar de maneira satisfatória nas duas horas iniciais, o post com certeza será penalizado e “escondido” pelo site.
Após as primeiras duas horas e até 24 horas após uma publicação, o LinkedIn continuará recompensando ou punindo o alcance do post de acordo com o seu engajamento, mas apenas com metade do impacto em relação ao período inicial. Após 24 horas, reações ou comentários em um post não alteram significativamente seu alcance.
Aproveite a relação entre tags e alcance
Taguear outros perfis em um post é uma ótima maneira de garantir maior alcance e engajamento do seu público, mas o recurso precisa ser utilizado de forma inteligente.
O relatório da Just Connecting, por exemplo, revelou que se a pessoa ou empresa tagueada no texto de um post não interagir com esse conteúdo, a publicação terá o seu alcance penalizado pelo LinkedIn em até 50%. Por isso, utilizar tags de maneira frívola e em excesso pode ser muito prejudicial.
O contrário também é válido: se o perfil tagueado comentar no post, a publicação será exibida para 10% a 15% mais usuários. Entretanto, se a pessoa tagueada apenas “curtir” o post, independentemente da reação escolhida, não há qualquer efeito sobre o alcance do conteúdo.
Assim, a melhor maneira de aproveitar essa característica do LinkedIn é produzindo conteúdos colaborativos e investindo em posts com potencial de gerar discussões relevantes entre suas conexões.
Publique outros formatos
A pesquisa sobre o algoritmo do LinkedIn também avaliou quais são os formatos de posts com melhor desempenho na plataforma.
As enquetes, por exemplo, possuem em média 450% mais alcance do que uma imagem simples. Trata-se, então, de um ótimo conteúdo para impactar muitas pessoas.
Documentos com várias páginas (em arquivos PDF ou Power Point) são o segundo formato mais recompensado pela plataforma, com 250% mais alcance do que uma foto ou um texto simples. Posts com diversas imagens, no estilo álbum, têm 150% mais alcance.
Por outro lado, um post que contém um link externo possui 50% menos alcance no LinkedIn do que uma publicação semelhante e sem links.
Surpreendentemente, conteúdos que são postados no formato de “artigo” são os mais penalizados pelo LinkedIn. Um texto publicado nesse formato terá menos 90% de alcance em comparação com o mesmo conteúdo acompanhado de uma imagem simples no feed.
Aumente o Tempo de Retenção
Muitas pessoas focam muito na quantidade de reações ou comentários de um post no LinkedIn, mas poucos sabem que, desde 2020, a rede social tem valorizado outro fator muito importante: o Tempo de Retenção de um post.
O Tempo de Retenção de uma publicação depende de duas coisas: o tempo médio que sua audiência gasta consumindo o seu conteúdo e o número de pessoas que clica em “ver mais” após a terceira linha de um post.
Por isso, ao contrário de outras redes sociais que valorizam conteúdos curtos, o LinkedIn tem recompensado textos e vídeos mais longos, bem como documentos PDF e PPT com diversas páginas.
Desta forma, vale a pena investir em conteúdos mais densos no LinkedIn, desde que eles realmente prendam a atenção da sua audiência.
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