Uma pesquisa da Visier, plataforma de people analytics, realizada com mil profissionais de diferentes idades dos Estados Unidos, descobriu que apenas 4% dos entrevistados consideram a promoção ao C-level como um objetivo importante de carreira. Mais do que isso, segundo o levantamento, 62% dos respondentes preferem permanecer sem nenhum liderado sob a sua supervisão.
Os motivos para o desinteresse, de acordo com 91% dos respondentes, são as responsabilidades associadas à liderança, o aumento do estresse e pressão (40%) e a perspectiva de trabalhar por mais horas (39%). Por outro lado, 28% também apontam que os objetivos pessoais – como passar mais tempo com a família e amigos, prezar pela boa saúde física e mental e viajar – são a sua prioridade.
Ainda, contrariando a crença popular, o relatório da Visier observou que mais da metade (55%) dos respondentes pertencentes à Geração Z tem interesse em assumir cargos de gerência no futuro. O problema, para essa parcela da população, está na falta de confiança em suas habilidades de liderança quando comparadas a de outras gerações.
Os dados da pesquisa reforçam o conceito de Quiet Ambition (Ambição Silenciosa, em tradução livre), no qual os colaboradores buscam, cada vez mais, estabelecer limites e divisões entre a vida profissional e pessoal. Essa nova Era das relações de trabalho pode revelar um problema de sucessão para as organizações e indicar grandes desafios às lideranças atuais. Por essa razão, segundo a Visier, é essencial que “os líderes de RH e de negócios estejam dispostos a se adaptar e conhecer seus funcionários onde quer que estejam, seja em funções gerenciais tradicionais ou na reorganização de suas carreiras para o crescimento individual.”