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A importância de uma boa marca jurídica

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2 de agosto de 2024

Muitas vezes, a primeira impressão é a que fica. No mundo jurídico, a competição é acirrada. Com inúmeros escritórios oferecendo serviços semelhantes, a necessidade de se destacar se torna essencial. É aí que entra a marca jurídica, um elemento indispensável para qualquer banca que deseja se sobressair e criar uma identidade única no mercado.

Neste artigo, vamos explorar o papel da marca jurídica, os desafios e oportunidades na sua criação, e oferecer ideias sobre como construir uma marca memorável.

Diferenciação no mercado jurídico

A marca jurídica desempenha um papel vital na diferenciação dos escritórios de advocacia. Ela não é apenas um logotipo ou um nome, mas uma representação dos valores, da missão e da promessa de qualidade do escritório.

Uma marca forte pode atrair clientes, construir confiança e estabelecer uma reputação sólida. Em um ambiente onde a maioria dos serviços jurídicos pode parecer semelhante, a marca jurídica se torna um diferencial poderoso.

Por exemplo, um escritório especializado em direito ambiental pode utilizar elementos visuais e de comunicação que reforcem seu compromisso com a sustentabilidade, diferenciando-se de outros escritórios que não têm essa especialização.

Ou seja, quando a marca é bem trabalhada, ela tem o potencial de comunicar ao público-alvo o que torna aquele escritório único.

Objetivos de uma marca jurídica

Uma boa marca jurídica deve ser memorável, sonora, fácil de pronunciar e marcante. Esses elementos ajudam na construção de uma identidade que ressoa com os clientes e é facilmente reconhecível.

Uma marca bem concebida também é capaz de criar uma conexão emocional, facilitando a lembrança. Não à toa, quando falamos sobre marketing, antes mesmo de lembrarmos sobre os nomes de produtos que mais gostamos, pensamos primeiro nas marcas que admiramos.

Além disso, uma boa marca deve refletir a essência e os valores do escritório, proporcionando uma representação autêntica e consistente de sua oferta de serviços. No entanto, sem desconsiderar as normas vigentes.

Normas da OAB

A criação de marcas jurídicas no Brasil enfrenta limitações impostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O Provimento 112/2006 determina que não são permitidos registros de sociedades de advogados que apresentem características de sociedades empresariais, adotem denominação de fantasia, realizem atividades estranhas à advocacia ou incluam sócios não inscritos como advogados.

Essas regras resultam em certa homogeneidade nos nomes dos escritórios, com muitos adotando formatos semelhantes. Por conta dessas restrições, a tarefa de pensar em criar uma marca jurídica única pode ser um desafio.

O processo de naming

Naming é o processo de escolha do nome do escritório e, no contexto jurídico, envolve certos cuidados. Segundo a OAB, o nome deve ser composto por sobrenomes, evitando termos considerados fantasia.

Antes de escolher um nome, é fundamental considerar se ele é passível de registro, sonoro e fácil de pronunciar. Um nome bem escolhido não só respeita as diretrizes legais, mas também contribui para a memorabilidade e reconhecimento da marca.

Por exemplo, um escritório chamado “Silva e Associados” pode considerar uma variação mais sonora e memorável, como “Silva Advogados”. Simplicidade e clareza são essenciais para garantir que a marca ressoe com o público-alvo. Pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença.

Siglas: utilizar ou não?

Na advocacia, o nome traz credibilidade e inspira confiança. No Brasil, há sociedades de advogados centenárias, algumas em atividade desde o século XIX, onde o nome da banca (assim como o tamanho do nome) é um ativo inestimável.

No entanto, nos anos 90, influenciada pela tendência do branding, iniciou-se a prática de abreviar os nomes das sociedades de advogados. Placas com diversos sobrenomes foram substituídas por abreviações, e a palavra “advogados” foi muitas vezes trocada por “law” para dar maior destaque à expressão.

Com a evolução da tecnologia, sobretudo com o aumento do uso de smartphones e mídias sociais, há cerca de uma década e meia, a necessidade de design simplificado intensificou a tendência das abreviações.

E, por mais que o uso de siglas seja permitido, deve ser feito com cautela. As siglas precisam ser sonoras e fáceis de lembrar. No entanto, elas exigem um forte trabalho de marketing para evitar confusões ou esquecimentos. A escolha de siglas pode simplificar a comunicação e a memorização, mas requer uma estratégia de branding robusta para ser facilmente diferenciada de outras siglas parecidas.

Um exemplo prático é a sigla “BMA” do escritório Barbosa Müssnich Aragão, que é reconhecida devido ao trabalho de branding consistente, além de ter sido um dos primeiros escritórios a utilizar a abreviação antes do nome completo.

Portanto, para garantir a eficácia de uma sigla, é necessário investir em uma estratégia de marketing que inclua campanhas de conscientização e promoção, para que os clientes e potenciais clientes associem a sigla à marca do escritório de maneira positiva e duradoura.

Marcas jurídicas e a psicologia das cores

Ao observar diversas marcas jurídicas, é possível visualizar o azul como a cor que é frequentemente escolhida por escritórios de advocacia. A escolha é devido à sua associação com confiança e segurança, características fundamentais no setor jurídico.

Além do azul, o verde pode ser uma excelente escolha para escritórios que desejam transmitir equilíbrio e renovação, especialmente aqueles especializados em direito ambiental. Mas será que investir em cores semelhantes é a melhor estratégia para criar a sensação de diferenciação?

Vale a pena vislumbrar o significado de outras cores na advocacia. O preto, por exemplo, evoca poder e sofisticação, sendo ideal para transmitir seriedade e autoridade. O cinza sugere neutralidade e modernidade, complementando outras cores de maneira profissional. Já o vermelho, embora associado a energia e ação, deve ser usado com cautela, pois pode transmitir urgência.

Para se diferenciar visualmente, os escritórios podem adotar estratégias como o uso de combinações de cores, integrando uma cor principal com cores secundárias que complementam e destacam a marca.

Outra abordagem é escolher cores alternativas, que ainda transmitam confiança e profissionalismo, mas que não sejam tão comuns no setor jurídico. Inovar nas cores pode trazer essa diferenciação que a banca almeja.

Além disso, incorporar elementos de design criativos, utilizando cores de forma inovadora, como gradientes ou padrões únicos, pode ajudar a marca a se destacar e a criar um padrão para a identidade visual.

Branding x Identidade visual

Muitos escritórios de advocacia confundem branding com identidade visual. Enquanto a identidade visual envolve elementos como logotipo, cores e design gráfico, o branding é um projeto maior e contínuo de gestão da marca.

O branding abrange todos os aspectos da experiência do cliente com o escritório, desde a comunicação até a prestação de serviços. É um processo estratégico que visa construir uma reputação sólida e consistente ao longo do tempo.

Por exemplo, um escritório que opte por investir apenas em um logotipo sofisticado, mas não na experiência do cliente ou na comunicação consistente, pode falhar em construir uma marca sólida. Branding é sobre a percepção que o cliente tem do escritório como um todo.

Se você deseja explorar como uma marca jurídica bem desenvolvida pode beneficiar seu escritório, entre em contato com a equipe da Agência Javali. Nossa experiência em marketing jurídico pode ajudá-lo a criar uma marca que não apenas atenda às exigências legais, mas que também se destaque e ressoe com seus clientes.

Vamos conversar sobre como podemos ajudar seu escritório a se destacar no competitivo mercado jurídico.

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